Para entender o que é essa disfunção, é preciso saber o que é o labirinto. Trata-se do ouvido interno, responsável pela audição e pelo equilíbrio. As causas dessa alteração podem ser problemas vasculares (oscilações da pressão arterial), alterações metabólicas ou hormonais, climatério, tumores, traumas de cabeça, entre outros. Os principais sintomas são: tontura rotatória ou vertigem. Outros tipos de tontura, como desvios de marcha, pulsões, sensação de flutuação, cabeça vazia e quedas também indicam problemas no labirinto. O risco de tombos é a principal complicação. Além disso, quando há perda auditiva, costuma ser irreversível. O tratamento prevê o uso de remédios, bem como reabilitação do equilíbrio por meio de exercícios personalizados. Nas crises de vertigem com vômito, costuma-se indicar medicamentos e repouso. Rita de Cássia Cassou, otoneurologista, do Setorn de Otoneurologia da Unidade Funcional de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HCUFPR). Várias afecções podem comprometer a função do labirinto, sendo uma delas a neuronite vestibular, conhecida por labirintite. Nele, a pessoa passa por episódios súbitos de tontura rotatória, náuseas e vômitos. A evolução dura alguns dias, com melhora obtida por meio da compensação de outros componentes do equilíbrio. Após avaliação, inicia-se o tratamento. Este consiste no uso de agulhas próprias com a finalidade de melhora do desequilíbrio Yin-Yang e do reequilíbrio da função vestibular mediante uso de pontos locais ao redor a orelha e no pescoço. Os pontos das aplicações variam conforme o diagnóstico de base, os sintomas presentes e a evolução destes. As sessões se alteram entre uma a três vezes na semana, dependendo dos fatores citados. De maneira geral, afecções associadas ao sistema nervoso apresentam evolução mais lenta dependentes de mecanismos de adaptação e plasticidade neural. Fabio Sawada Shiba, neurologista, membro do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura.